Teoria da Entidade
O que Ă© a Teoria da Entidade?
A teoria da entidade é uma teoria legal e um conceito contábil de que todas as atividades comerciais conduzidas por qualquer corporação ou empresa de responsabilidade limitada são separadas daquela de seus proprietários. A teoria da entidade tem dois aspectos. Na contabilidade, isso significa que contas, transações, ativos e passivos comerciais e pessoais devem ser contabilizados em entidades separadas e distritais, independentemente das finanças pessoais dos proprietários. No direito empresarial, significa que, sob a premissa da responsabilidade limitada,. os proprietários de uma empresa estruturada como uma entidade separada não devem ser responsabilizados pessoalmente pelas responsabilidades incorridas pela empresa.
Apesar de algumas crĂticas, devido em grande parte Ă sua natureza fictĂcia e aos problemas de agĂŞncia que ela cria na prática, a teoria da entidade tem sido inestimável para as práticas contábeis das sociedades de responsabilidade limitada (LLC) e para o status das corporações hoje como pessoas jurĂdicas.
Entendendo a Teoria da Entidade
Sob a teoria da entidade, um indivĂduo ou grupo de pessoas trabalhando em conjunto como uma empresa de negĂłcios Ă© tratado como uma entidade legal e contábil separada, criando essencialmente uma pessoa fictĂcia. Qualquer pessoa que faça negĂłcios com esse indivĂduo ou grupo Ă© considerada, nos sentidos jurĂdico e contábil, como fazendo negĂłcios com a empresa, e nĂŁo com as pessoas com quem está realmente negociando.
Isso permite que 1) a contabilidade coletiva das transações e 2) a propriedade legal e a responsabilidade por ativos e passivos sejam registradas e adjudicadas separadamente de quaisquer outras atividades em que os membros da empresa se envolvam. Agrupar a contabilidade das transações em entidades separadas significa que os lucros (ou perdas) e o valor lĂquido dos ativos relevantes podem ser calculados mais facilmente para facilitar a tomada de decisões econĂ´micas racionais.
Transformar as empresas em pessoas fictĂcias aos olhos da lei significa que as empresas podem possuir ativos e propriedades, emitir dĂvidas (emprestar dinheiro), celebrar contratos e assim por diante. As empresas tambĂ©m podem ser processadas, sem tambĂ©m processar pessoalmente a propriedade e a administração.
Sob a teoria da entidade, a equação contábil para o balanço patrimonial de uma empresa mostra a empresa como uma entidade (a soma total de seus ativos) em um lado da equação, contra duas entidades separadas, os acionistas (que detĂŞm o patrimĂ´nio da empresa) e o credor (que detĂ©m os passivos ou dĂvidas da empresa):
Isso pode ser contrastado com a equação para a equação do balanço patrimonial de uma empresa individual ou de responsabilidade nĂŁo limitada ou o patrimĂ´nio lĂquido de um indivĂduo, que retrata o valor do negĂłcio (ou indivĂduo) como a diferença entre os ativos que eles possuem e as dĂvidas de que sĂŁo responsáveis, todos como uma Ăşnica pessoa jurĂdica e contábil.
Ao isolar os proprietários de uma empresa da responsabilidade total pelas ações da empresa, a aplicação da teoria da entidade facilita a concentração de ativos produtivos sob o controle de gerentes e funcionários de uma empresa que geralmente possuem conhecimentos e habilidades mais especializados sobre como aplicar esses ativos de forma lucrativa.
Limitar a responsabilidade do proprietário Ă© uma forma de induzi-lo a confiar o controle de seus ativos a gestores que podem utilizá-los de forma mais produtiva do que eles prĂłprios, aumentando as oportunidades de atividades empresariais cooperativas que produzam valor para todos os indivĂduos envolvidos.
CrĂticas Ă Teoria da Entidade
Embora o conceito básico da teoria da entidade esteja circulando pelo menos desde o século 19 e seja a maneira predominante na qual os negócios são conduzidos e contabilizados em todo o mundo, nem sempre é intuitivamente entendido por muitas pessoas. Isso se deve principalmente ao problema um tanto óbvio de que exige que as pessoas acreditem, ou pelo menos finjam acreditar, em entidades imaginárias que existem apenas no papel em demonstrações contábeis e documentos legais.
Na realidade, uma empresa não é em si uma entidade independente, mas uma pretensão coletiva de proprietários, gerentes, funcionários e outras partes interessadas envolvidas em transações comerciais com eles. No entanto, a teoria da entidade exige que pessoas reais, pelo menos em seus negócios e negócios legais, ajam como se acreditassem que pessoas imaginárias realmente existem. Essa pretensão legal e contábil é projetada para ajudar a controlar e proteger os lucros que a empresa gera e incentivar o investimento produtivo, embora possa parecer quase como mágica ou talvez insanidade voluntária.
Esse lucro está invariavelmente ligado Ă s carteiras dos proprietários, mas a aplicação da teoria da entidade na contabilidade e na lei protege essas carteiras dos custos e riscos totais que o negĂłcio tambĂ©m gera. A segunda crĂtica Ă teoria da entidade Ă© que ela pode criar e exacerbar os problemas de agĂŞncia separando a propriedade – reivindicações sobre os lucros – do controle sobre as atividades comerciais reais que geram esses lucros.
Proprietários que estĂŁo isolados, no sentido contábil, mas especialmente no sentido legal, da responsabilidade total pelos custos e riscos que seus negĂłcios criam simplesmente tĂŞm menos incentivo para se preocupar se uma empresa incorre em dĂvidas que nĂŁo pode pagar ou impõe custos e riscos a terceiros e espectadores (que os economistas chamam de externalidades ). Funcionários e gerentes tambĂ©m tĂŞm menos incentivo para se preocupar se suas ações prejudicarem os interesses dos proprietários ou de terceiros quando sabem que o risco dos proprietários Ă© limitado e que seu prĂłprio risco de perda Ă© igualmente limitado ao risco de perder o emprego.
##Destaques
A teoria da entidade permite o cálculo de lucros e perdas entre um conjunto de transações relacionadas e a constituição de sociedades anônimas e sociedades de responsabilidade limitada.
A teoria da entidade pode ser criticada por seu distanciamento inerente da realidade e sua possĂvel contribuição para os problemas de agĂŞncia.
A teoria da entidade é a doutrina legal e contábil que trata as empresas comerciais como entidades separadas de seus proprietários e outras partes interessadas.