Riba
O que Ă© Riba?
Riba Ă© um conceito no IslĂŁ que se refere amplamente ao conceito de crescimento, aumento ou superação, que por sua vez proĂbe juros creditados de emprĂ©stimos ou depĂłsitos. O termo "riba" tambĂ©m foi traduzido aproximadamente como a busca de ganhos ilegais e exploratĂłrios obtidos em negĂłcios ou comĂ©rcio sob a lei islâmica, semelhante Ă usura.
Entendendo a Riba
Riba é um conceito na banca islâmica que se refere a juros cobrados. Também tem sido referido como usura, ou a cobrança de taxas de juros excessivamente altas. Há também outra forma de riba, segundo a maioria dos juristas islâmicos, que se refere à troca simultânea de bens de quantidades ou qualidades desiguais. Aqui, porém, estaremos nos referindo à prática da cobrança de juros.
A Riba Ă© proibida pela lei da Shari'ah por algumas razões. Destina-se a garantir a equidade na troca. Destina-se a garantir que as pessoas possam proteger sua riqueza tornando ilegais as trocas injustas e desiguais. O Islam visa promover a caridade e ajudar os outros atravĂ©s da bondade. Para remover sentimentos de egoĂsmo e egocentrismo, que podem criar antipatia social, desconfiança e ressentimento. Ao tornar a riba ilegal, a lei da Shari'ah cria oportunidades e contextos nos quais as pessoas sĂŁo encorajadas a agir caridosamente – emprestando dinheiro sem juros.
Como os juros não são permitidos, o Murabaha,. também conhecido como financiamento de custo mais,. é uma estrutura de financiamento islâmica na qual o vendedor e o comprador concordam com o custo e a marcação de um ativo. A marcação ocorre de interesse. Como tal, murabaha não é um empréstimo com juros (qardh ribawi), mas é uma forma aceitável de venda a crédito sob a lei islâmica. Tal como acontece com um acordo de aluguel, o comprador não se torna o verdadeiro proprietário até que o empréstimo seja totalmente pago.
Justificativa para Riba
É proibido pela Lei Shari'ah (lei religiosa islâmica) porque é considerado explorador. Embora os muçulmanos concordem que a riba é proibida, há muito debate sobre o que constitui a riba, se é contra a lei da Sharia, ou apenas desencorajada, e se deve ou não ser punida pelas pessoas ou por Alá. Dependendo da interpretação, riba pode referir-se apenas a juros excessivos; no entanto, para outros, todo o conceito de juros é riba e, portanto, é ilegal.
Por exemplo, embora haja um amplo espectro de interpretação sobre o ponto em que os juros se tornam exploradores, muitos estudiosos modernos acreditam que os juros devem ser permitidos até o valor da inflação,. para compensar os credores pelo valor do dinheiro no tempo,. sem criar lucro excessivo. No entanto, a riba foi amplamente tomada como lei e formou a base da indústria bancária islâmica.
O mundo muçulmano tem lutado contra a riba há algum tempo, religiosamente, moralmente e legalmente e, eventualmente, as pressões econĂ´micas permitiram um afrouxamento da regulamentação religiosa e legal, pelo menos por um perĂodo. Em seu livro, Jihad: The Trail of Political Islam, Giles Kepel escreveu que "uma vez que as economias modernas funcionam com base nas taxas de juros e seguros como prĂ©-condições para o investimento produtivo, muitos juristas islâmicos quebraram a cabeça para encontrar maneiras de recorrer a eles sem parecer para dobrar as regras estabelecidas pelo AlcorĂŁo", e "o problema se tornou cada vez maior Ă medida que mais e mais estados muçulmanos entraram na economia mundial na dĂ©cada de 1960". Esse afrouxamento da polĂtica econĂ´mica durou atĂ© a dĂ©cada de 1970, quando foi reativada a "proibição total de emprĂ©stimos com juros".
Destaques
Nas finanças islâmicas, riba refere-se aos juros cobrados sobre empréstimos ou depósitos.
A prática religiosa proĂbe a riba, mesmo a juros baixos, como ilegal e antiĂ©tica ou usurária.
O banco islâmico forneceu várias soluções alternativas para acomodar transações financeiras com cobrança de juros explĂcitos.