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Conversibilidade de moeda

Conversibilidade de moeda

O que é conversibilidade de moeda?

A conversibilidade da moeda é a facilidade com que a moeda de um país pode ser convertida em ouro ou outra moeda. A conversibilidade da moeda é importante para o comércio internacional,. pois os bens de origem global devem ser pagos em uma moeda acordada que pode não ser a moeda doméstica do comprador.

Quando um país tem baixa conversibilidade de moeda, o que significa que é difícil trocá-la por outra moeda ou reserva de valor, isso representa um risco e uma barreira ao comércio com países estrangeiros que não precisam da moeda nacional.

Entendendo a Conversibilidade de Moedas

Uma moeda conversível é a moeda legal de qualquer nação que pode ser facilmente comprada ou vendida no mercado de câmbio com pouca ou nenhuma restrição. Uma moeda conversível é um instrumento altamente líquido em comparação com moedas que são rigidamente controladas pelo banco central de um governo ou outra autoridade reguladora. Uma moeda conversível às vezes é chamada de moeda forte.

Moedas como o won sul-coreano e o yuan chinês são conhecidas como moedas parcialmente conversíveis. Uma moeda parcialmente conversível é a moeda legal de um país que é negociado em baixos volumes no mercado global de câmbio. Os governos desses países impõem controles de capital que limitam a quantidade de moeda que pode sair ou entrar no país.

Quase todos os países têm moedas que são, em algum nível, pelo menos parcialmente conversíveis. No entanto, moedas como o real brasileiro, o peso argentino e o peso chileno são consideradas não conversíveis porque é praticamente impossível convertê-las em outra moeda legal, exceto em quantidades limitadas no mercado negro.

Uma moeda bloqueada é uma moeda que não pode ser convertida livremente para outras moedas nos mercados cambiais como resultado de controles de câmbio. Esse dinheiro é usado principalmente para transações domésticas e não é trocado livremente com outras moedas, muitas vezes devido a restrições governamentais em casa ou no exterior.

O aumento da popularidade das criptomoedas nos últimos anos trouxe mais um termo: moeda virtual conversível. Isso se refere a moedas digitais como bitcoin, Ether e Ripple, que não são regulamentadas, mas podem ser usadas como substitutas de moedas reais e legalmente reconhecidas, mesmo que não tenham o status de moeda legal.

Conversibilidade e considerações geopolíticas

Tende a haver uma correlação entre a economia de um país e a conversibilidade de sua moeda. Quanto mais forte uma economia estiver em escala global, maior a probabilidade de sua moeda ser facilmente convertida em outras moedas importantes. Restrições governamentais podem resultar em uma moeda com baixa conversibilidade.

Por exemplo, um governo com baixas reservas de moeda estrangeira geralmente restringe a conversibilidade da moeda porque, de outra forma, esse governo não estaria em posição de intervir no mercado de câmbio (forex) (ou seja, reavaliar, desvalorizar) a fim de sustentar seus próprios moeda, se e quando necessário.

Os países com uma moeda com baixa conversibilidade estão em desvantagem comercial global porque as transações não funcionam tão bem quanto aquelas com boa conversibilidade. Essa realidade impedirá outros países de negociar com eles. A baixa conversibilidade da moeda pode contribuir para um crescimento econômico mais lento, uma vez que as oportunidades de comércio global são perdidas.

Existem maneiras de negociar em moedas estrangeiras que não trocam internacionalmente ou cujo comércio é severamente limitado ou legalmente restrito no mercado doméstico. Contratos a termo sem entrega (NDFs) podem dar a um trader, por exemplo, exposição indireta ao renminbi chinês, rupia indiana, won sul-coreano, novo dólar de Taiwan e real brasileiro e outras moedas inconversíveis.

Conversibilidade cambial e controles de capital

A boa conversibilidade da moeda requer uma oferta de moeda física prontamente disponível, razão pela qual alguns países impõem controles de capital sobre o dinheiro que sai de seu país. À medida que as economias caem em recessão, os investidores muitas vezes procuram investimentos no exterior ou convertem seu dinheiro em uma das moedas de refúgio. Para combater isso e garantir que o dinheiro não saia do país, alguns governos estabelecem controles para reduzir a fuga de capitais durante tempos econômicos difíceis.

Os controles de capital são mais prevalentes em países de mercados emergentes devido à maior incerteza em suas perspectivas econômicas. Na esteira da crise financeira asiática de 1997 , muitos países da região impuseram rígidos controles de capital para reduzir a ameaça de uma corrida à sua moeda.

Mais recentemente, a Grécia impôs controles de capital em junho de 2015 para retardar as saídas de capital durante a crise da dívida grega e estes permaneceram em vigor até 2018. Esses controles limitaram quanto dinheiro poderia ser retirado do sistema bancário. O interessante sobre os controles gregos é que o país é membro da UE e usa o euro, de modo que os controles de capital não afetaram a conversibilidade da moeda, pois a Grécia é apenas uma parte das economias subjacentes ao euro.

Destaques

  • Moedas não conversíveis e bloqueadas (por exemplo, pesos cubanos ou won norte-coreano) não são facilmente trocadas por outras moedas e são usadas apenas para troca doméstica com suas respectivas fronteiras.

  • Uma moeda conversível (por exemplo, dólar americano, euro, iene japonês e libra esterlina) é vista como uma reserva confiável de valor, o que significa que um investidor não terá problemas para comprar e vender a moeda.

  • A conversibilidade da moeda refere-se à liquidez da moeda de uma nação em termos de troca com outras moedas globais.

  • Uma moeda conversível pode ser facilmente negociada em mercados forex com pouca ou nenhuma restrição.