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Saída de capital

Saída de capital

O que é Saída de Capital?

A saída de capital é o movimento de ativos para fora de um país. A saída de capital é considerada indesejável, pois muitas vezes é o resultado de instabilidade política ou econômica. A fuga de ativos ocorre quando investidores estrangeiros e domésticos vendem suas participações em um determinado país devido à percepção de fraqueza na economia do país e à crença de que existem melhores oportunidades no exterior.

Entendendo a saída de capital

As saídas excessivas de capital de uma nação indicam que existem problemas políticos ou econômicos além da fuga dos próprios ativos. Alguns governos impõem restrições à saída de capital, mas as implicações do aperto das restrições costumam ser um indicador de instabilidade que pode exacerbar o estado da economia anfitriã. A saída de capital exerce pressão sobre as dimensões macroeconômicas dentro de uma nação e desencoraja tanto o investimento estrangeiro quanto o doméstico. As razões para a fuga de capitais incluem agitação política, introdução de políticas de mercado restritivas, ameaças à propriedade e baixas taxas de juros domésticas.

Por exemplo, em 2016, o Japão baixou as taxas de juros para níveis negativos nos títulos do governo e implementou medidas para estimular a expansão do produto interno bruto. A grande saída de capital do Japão na década de 1990 desencadeou duas décadas de crescimento estagnado no país que já representou a segunda maior economia do mundo .

Saídas de Capital e Controles Restritivos

As restrições governamentais à fuga de capitais procuram conter a maré de saídas. Isso geralmente é feito para apoiar um sistema bancário que pode entrar em colapso de várias maneiras. A falta de depósitos pode forçar um banco à insolvência se ativos significativos saírem e a instituição financeira não puder solicitar empréstimos para cobrir os saques.

A turbulência na Grécia em 2015 forçou funcionários do governo a declarar um feriado bancário de uma semana e restringir as transferências eletrônicas de consumidores apenas para destinatários que possuíam contas domésticas. Os controles de capital também são usados em países em desenvolvimento. Estes são muitas vezes projetados para proteger a economia, mas também podem acabar sinalizando fraqueza que estimula o pânico doméstico e congela o investimento estrangeiro direto.

Saída de Capital e Taxas de Câmbio

A oferta de moeda de uma nação aumenta à medida que os indivíduos vendem moeda para outras nações. Por exemplo, a China vende yuan para adquirir dólares americanos. O aumento resultante na oferta de yuan diminui o valor dessa moeda, diminuindo o custo das exportações e aumentando o custo das importações. A desvalorização subsequente do yuan desencadeia a inflação porque a demanda por exportações aumenta e a demanda por importações diminui.

No segundo semestre de 2015, US$ 550 bilhões em ativos chineses deixaram o país em busca de um melhor retorno sobre o investimento. Enquanto as autoridades do governo esperavam quantidades modestas de saídas de capital, a grande quantidade de fuga de capital levantou preocupações chinesas e globais. Uma análise mais detalhada das saídas de ativos em 2015 revelou que aproximadamente 45% dos US$ 550 bilhões pagaram dívidas e financiaram compras de concorrentes estrangeiros. Portanto, neste caso em particular, as preocupações eram em grande parte infundadas.